© 2013 STW Turismo, todos os direitos reservados - Av Lucianinho Melli, 177 Osasco SP Brasil CEP 06083-190 - FAX (+55 11) 3682-0057

  

PASSAGENS AEREAS    
Pacotes turísticos, passagens aéreas, hotéis, seguro viagem, cruzeiros, fotos, dicas...

 

Passagens Internacionais
Passagens Baratas New Orleans

Entenda como obter passagens aéreas promocionais: Passagens Aereas Internacionais

NEW ORLEANS

Colonizada por franceses e espanhóis, erguida por escravos africanos e comprada pelos Estados Unidos, New Orleans não é apenas o berço do jazz. É também a cidade mais sensual, multicultural e cheia de ritmo da América do Norte

New Orleans é a cidade mais lasciva dos Estados Unidos. É claro que a música e o álcool ajudam, mas as raízes da sensualidade que se percebem em cada esquina do Vieux Carré são mais profundas. Passam pelo calor e pela umidade tropicais dos pântanos da Louisiana, esbarram na evidente proximidade do Caribe, mas originam-se mesmo na experiência quase devassa que foi a colonização francesa da região.

New Orleans, a única cidade americana onde o francês foi idioma oficial por mais de cem anos, nasceu de uma grande picaretagem. Originalmente um pântano povoado de jacarés, o lugar onde surgiu a cidade só não ficava infestado de insetos quando era varrido pelos furacões vindos do Golfo do México. Quando avistou a área pela primeira vez, em 1682, ao liderar uma expedição em busca da foz do Rio Mississipi, o francês René Robert Cavalier reclamou-a, sem muito entusiasmo, para o seu país. A picaretagem só ficou caracterizada a partir de 1717, quando um escocês pouco sério, mas bem relacionado, de nome John Law, conseguiu, à base de propinas, que o então regente da França, Duque de Orleans lhe cedesse os direitos de exploração da remota província. Ato contínuo, Law mandou publicar anúncios nos principais jornais da Europa vendendo terras - na verdade inundadas - e prometendo fortuna fácil aos que se instalassem numa curva do Mississipi que ele batizou (em honra de seu benfeitor) como New Orleans.

Se há picaretas é porque há crédulos. Nascia, dessa forma meio sagrada meio profana, a primeira grande farra de New Orleans. Nascia, também, uma inclinação genética da colônia para a sensualidade e a lascívia.

Glenda Moreau, de 30 anos, é provável descendente desses primeiros creoles - que é como se convencionou chamar tudo que se originou em New Orleans no longo período de ocupação francesa e, mais tarde, como se verá, espanhola. Mas ela tem também sangue africano, este proveniente dos escravos que foram trazidos para a região nos anos seguintes. Assim como Johnny "Gumbo" Declerc, ela teve uma infância entre negros, só que do lado de cá do rio, no Feabourg Marigny, que é quase uma extensão do French Quarter. Glenda não aprendeu a tocar instrumentos musicais, mas tornou-se uma passista do Rex, o rei do Carnaval, o maior dos blocos que todos os anos saem às ruas de New Orleans na comemoração do Mardi Gras.

Para quem não sabe, Mardi Gras ( terça-feira gorda, em francês) é o nome do Carnaval nova-orleanês, que é uma mistura da festa que acontece no Rio e em Salvador, porque tem desfiles como os da Marquês de Sapucaí e Carnaval de rua ao estilo da Praça Castro Alves. Os americanos - que, em sua maioria nunca ouviram falar do nosso Carnaval - acham que o Mardi Gras é a maior manifestação de alegria popular do mundo. E é mesmo, se o tomarmos pela extensão, já que são onze dias de folia oficial, sete a mais do que o nosso. O Mardi Gras é também mais antigo que o Carnaval brasileiro, já que é celebrado desde 1740. Falta-lhe, porém, a criatividade dos carnavalescos brasileiros, o que facilmente se percebe nos carros alegóricos à base de fibra de vidro, com motivos quase infantis.

De toda maneira, é uma festa respeitável e pagã que ocupa alguns dias da vida de Glenda Moreau. Porque no resto do tempo, ela ganha a vida sendo esfregada e ensaboada por turistas de muitas nacionalidades. Glenda é uma das muitas mulheres que vivem das bizarras atividades parasexuais que estão à venda no French Quarter, assim como os shows de jazz. A maior parte desses inferninhos, assim como a maior parte dos espetáculos de jazz, está na Bourbon Street, a rua mais famosa do Vieux Carré, mais conhecida de New Orleans e uma das mais célebres do mundo. É, sem dúvida nenhuma, um endereço peculiar, embora tenha perdido muito de seu sabor original com a invasão dos estabelecimentos caça-turistas. As casas são todas no estilo que consagrou o bairro, com sacadas no primeiro piso, muitas delas esmeradamente trabalhadas em ferro. Há lojas de souvenirs e ou-tras bugigangas (das quais se deve fugir, porque os preços são absurdos) bares, inferninhos e um sem-número de clubes de jazz. Entre os que, sim, respeitam a memória de Satchmo (esse o apelido de Louis Armstrong), ainda assim fica difícil distinguir o joio do trigo. A mecânica da Bourbon Street - você vai perceber logo - é simples. Poucos cobram couvert artístico. Você simplesmente entra na casa, senta-se e imediatamente alguém vai lhe impingir um drinque em cujo valor está embutido o cachê dos artistas. Há bom e mau jazz em toda New Orleans, não apenas na Bourbon Street, nem somente no French Quarter (veja a seção Onde agitar, no verso do mapa). Mas só na Bourbon Street toda noite tem festa; toda noite tem policiais montados, de olho nos batedores de carteira; toda noite tem gente bonita e gente feia, cada panela com sua tampa e muitas panelas vazias à espera de alguém que as tampe.

Há abundância de flores e samambaias em todas elas, confirmando a vertente tropical da cidade. Há indícios de colonização espanhola e traços de ocupação americana misturados à predominância francesa da arquitetura. New Orleans seguia tão distante do resto do mundo, que seus habitantes levaram quatro anos para saber que já não eram mais franceses e na verdade deveriam responder ao rei da Espanha. A comunicação do fato chegou pelas mãos de um certo Don Antonio D´Ulloa, que apareceu de barco nas barrancas do Rio Mississipi informando que, dalí em diante, ele era o chefe da comunidade. Os francófonos locais, já calejados de enfrentar insetos, jacarés e furacões, puse- ram D´Ulloa para correr, o que deu início a uma série de combates que só terminaram em 1769, quando chegaram à cidade mais 24 navios de guerra da Espanha, com dois mil soldados à bordo.

O domínio espanhol durou pouco mais de trinta anos, período em que a cidade começava a enriquecer como porto, cobrando impostos dos navios que vinham pelo Mississipi trazendo mercadorias do Centro-Oeste americano. Mas o destino da região continuava sendo decidido na Europa. Thomas Jefferson não gostou da idéia de ter os franceses aos seus pés e mandou um emissário para tentar comprar a província e agregá-la à nova união americana. Funcionou: Napoleão tinha problemas demais na Europa e achou uma barganha vender o longínquo charco por 15 milhões de dólares. Como resultado desse escambo entre potências, em novembro de 1803, New Orleans deixou de ser espanhola para voltar a ser francesa. E um mês depois, para desespero dos creoles - que nunca foram muito com a cara de seus vizinhos do Norte - assumiu a nacionalidade norte-americana.

Essa má vontade dos locais para com os novos donos da terra deixou sinais evidentes na geografia da cidade. Os americanos que chegaram foram compelidos a se instalar a uma distância razoável do Vieux Carré. Nessa área hoje está a Canal Street, principal artéria de New Orleans e o CBD - Central Business District -, uma estreita faixa de arranha-céus onde funcionam as sedes das maiores empresas da Louisiana.

New Orleans, enfim, tinha tudo para ser uma cidade cheia de rancores e de guetos. Mas a união no sofrimento acabou amalgamando uma comunidade multicultural. O advento dos vapores, carregados de tabaco e algodão fez o porto crescer de tal forma que New Orleans chegou a ser a segunda cidade mais rica dos Estados Unidos, atrás apenas de Nova York. Milhões de dólares foram investidos para drenar os pântanos e bombear as águas que faziam de New Orleans uma espécie de Veneza americana para o Lago Pontchartrain, no outro extremo da cidade. O sistema é, até hoje, o mais potente mecanismo de bombeamento do mundo e graças a ele a cidade sobrevive, mesmo sendo a única grande cidade americana abaixo do nível do mar.

Ainda sobre a geografia da cidade, quando você vier visitá-la vai precisar saber que aqui não funciona o sistema dos pontos cardeais. As muitas curvas do Mississipi sempre confundiram as noções de norte e sul. A área próxima ao rio chama-se riverside e a que fica do outro lado, às margens do Lago Pontchartrain, chama lakeside. O centro geográfico dos 941 quilômetros quadrados de área metropolitana é o French Quarter e 40% desse total continuam encharcados, a tal ponto que os mortos daqui não são enterrados, mas engavetados acima do nível do solo.

Talvez por isso os 41 cemitérios de New Orleans sejam considerados atrações turísticas. Um deles, o cemitério Lafayette, no Garden District foi usado como locação no filme Entrevista com o Vampiro. Aliás, a criadora do Vampiro Lestat, a badalada escritora americana Anne Rice, mora a duas quadras do campo santo, numa das 10 700 mansões tombadas pelo Patrimônio Histórico Norte-Americano, que fazem do Garden District uma parada obrigatória de qualquer tour pela cidade.

Para chegar até lá no clima adequado, é obrigatório apanhar, na Canal Street, o famoso bonde da St. Trata-se do genuino Streetcar Named Desire (Bonde Chamado Desejo) da obra de Tennessee Williams, outro dos muitos intelectuais norte-americanos - ao lado de Scott Fitzgerald e Truman Capote, por exemplo - que escolheram New Orleans como fonte de inspiração.

Charles são dois dos emblemas da cidade. O que significa que não são apenas ponto de visita obrigatória, mas instituições que emanam o astral de New Orleans. Nessa mesma categoria é possível arrolar coisas menos específicas como a cozinha creole das jambalayas e dos cafés com chicória acompanhados de beignets - umas rosquinhas doces que alguns colocam na lista dos grandes sabores do planeta. Peter Street), uma espécie de templo onde se cultua o jazz de raiz. Barrento e poluído, o Mississipi só impressiona pelo movimento intenso de chatas carregadas de grãos e alguns barcos turísticos que imitam os paddlewheelers (aqueles vapores propulsionados por grandes pás na popa que você já viu em algum filme) e levam seus embarcados até ao ótimo Audubon Zoo, um dos melhores zoológicos dos Estados Unidos. O Mississipi só faz juz à sua majestade de mar interno alguns quilômetros rio acima, onde ainda existem as Plantation Houses - monumentais sedes de fazendas açucareiras do século passado, hoje abertas à visitação pública. A relação dos bons endereços de compras na cidade estão no verso do mapa. Mas, atenção: fuja das lojas da Canal Street e do French Quarter que se autodenominam outlets ou duty-free gifts. New Orleans fica a menos de duas horas de vôo de Miami, destino facilmente alcançável a partir do Brasil. O trecho Miami-New Orleans pode ser comprado na Flórida por preços promocionais, mas isso exige uma certa antecedência. Charles. Atenção: o bonde do Riverfront custa mais caro: um dólar e meio por viagem.

A Louisiana é o único Estado Norte-Americano que devolve o imposto cobrado para turistas estrangeiros. Você recebe de volta 9% de tudo o que gastou nas lojas, hotéis e restaurantes que tiverem o logo "Tax-free" na porta ou no balcão. Para isso, você precisa apresentar o passaporte e pedir um voucher no valor da devolução. Na hora de sair da cidade, procure o balcão com o nome Tax Rebate Office no Aeroporto Internacional de New Orleans e entregue os vouchers. Valores até cem dólares são pagos em dinheiro na hora. Das chamadas lembrancinhas de viagem, as mais divertidas são as miniaturas de orquestras de jazz. Você pode comprar, músico por músico, a orquestra inteira, ou pode trazer apenas o Louis Armstrong. Nas barracas do French Market, os bonecos de cerâmica custam a partir de 5 dólares.

New Orleans tem o horário central dos Estados Unidos. Se você está de férias em Orlando, uma boa opção é viajar de carro para New Orleans. Você encontra tudo sobre a cidade, inclusive a programação cultural de cada mês, no New Orleans Metropolitan Convention & Visitors Bureau. O telefone de lá é (504) 566-5011 e o fax (504) 556-5046. Endereço na Internet: http:www.nawlins.com

Mardi Gras significa terça-feira gorda (em francês) e é o nome genérico que se dá ao Carnaval em New Orleans. Aliás, um Carnaval de verdade, animado, com grupos semelhantes a escolas de samba desfilando na rua com várias alas de mascarados, carros alegóricos e grande participação popular. Apesar de ser um evento americano - e portanto, exageradamente organizado - o Mardi Gras só decepciona no quesito alegorias. Elas são pouco criativas e lembram mais as paradas de Disney World do que uma festa de Carnaval. Em compensação, há sensualidade em abundância e ginga de primeira qualidade, em função da participação maciça da comunidade negra. A data de encerramento da festa coincide com a nossa quarta-feira de cinzas.

 

Solicite uma cotação de passagens aéreas em promoção: Passagens Aereas New Orleans

                 
Passagens aéreas baratas é com a STW Turismo!