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COPENHAGUE

Era uma vez um longínquo reino, onde um monarca generoso dividia sua alegria de viver com seus súditos sorridentes. Nessa harmoniosa nação falava-se uma língua muito estranha, repleta de "os" cortados com o som de "ê", com estranhas confluências de consoantes, impronunciáveis para bocas treinadas aos simplórios fonemas do português. A essa altura dos acontecimentos, o leitor há de se perguntar que estranho estilo de narrativa está sendo usado com o simples pretexto de introduzir uma reportagem sobre a capital da Dinamarca, este ano oficialmente investida como capital cultural da Europa. Pois se Andersen levou a Dinamarca ao mundo, em 1996 o mundo vai à Dinamarca. Serão centenas de eventos em todas as áreas da cultura humana. De mostras de cinema a audições das grandes filarmônicas do mundo. A Comunidade Econô-mica Européia está investindo 250 milhões de dólares para que os já volumosos espaços culturais de Copenhague se ampliem, renovem e multipliquem.

Vão poder mostrar, além de todas as atrações especiais da temporada, o ritual da troca de guarda no Palácio de Amalienborg, o acervo consistente do Museu Nacional de Arte, os quadros impressionistas (inclusive algumas raridades de Gauguin) no Ny Carlsberg Gliptotek e a visão de 360 graus da Rundetarn, uma torre inaugurada em 1642, com escadas em espiral, um dia galgadas a cavalo pelo rei Christian IV e pelo czar russo Pedro, o Grande. E se você não for afeito a subidas, vão lhe indicar as planuras da Stroget, uma longa rua de pedestres em cujos bares e lojas sofisticados se ocultam as (caras) exclusividades da cerâmica, do mobiliário e do artesanato em vidro da Dinamarca.

De um jeito ou de outro, todos os caminhos em Copenhague levarão, enfim, ao mun-dialmente conhecido Tivoli Park, uma espécie de tataravô do Disneyworld. Ali você verá as edificações em estilo mouro, turco e chinês que espantaram os europeus do século passado; terá a chance de derrapar numa montanha-russa de madeira em que o próprio viajante aciona manu-almente o freio dos carrinhos e encontrará, à noite, o brilho das 110 mil lâmpadas que enfeitam o parque. Por fim, certamente jantará muito bem, porque no Tivoli estão os melhores restaurantes de Copenhague, com a sempre bem-vinda companhia da cerveja dinamarquesa. E quando retornar ao seu hotel você verá súditos da Dinamarca apagando as luzes de suas casas de conto de fadas e compreenderá por que Andersen terminava suas histórias com o indefectível "viveram felizes para sempre".

Se você quiser detalhes ou ingressos para as atrações irresistíveis no festival de dança do mês de maio e apresentação das melhores orquestras sinfônicas do mundo durante todo o ano, entre em contato com - Departamento de Informações de Copenhague 96: Amargertorv,1 DK-1160 Copenhaguen K tel.: 45 33 779633 fax: 45 33 779601

Como todas as principais capitais, Copenhague tem hotéis de diversas categorias. Este ano eles estarão mais ocupados (e caros) do que habitualmente. Os preços costumam ser mais baixos no inverno e no outono. A especialidade local é o smorrebrod (um farto bufê frio), mas não se deve perder as excelentes lagostas, peixes e frutos do mar (é um porto, lembra-se?). No Tivoli, você vai encontrar vários bons restaurantes, com preços variados. Nas ruas você pode pedir um cachorro-quente ao estilo dinamarquês, que atende pelo nome de polser.

Faz muito frio na Dinamarca. Os dias são muito curtos e a noite chega antes das 4 da tarde. Mesmo no alto verão, em julho, a temperatura fica ao redor dos 25 graus centígrados. Para enfrentar o vento frio que sopra do Mar do Norte, não se iniba: compre umas boas ceroulas e passeie à vontade pelo calçadão da Stroget.

O quente aqui é o design dos móveis (que dificilmente você trará consigo) e o artesanato em vidro, cerâmica e porcelana.

A Dinamarca é um país nórdico e, geograficamente, fica na Escandinávia. Copenhague fica na porção oriental do território e está bem próxima à cidade de Malmoe, importante porto sueco na entrada do Mar Báltico. A cidade é bastante espalhada, tem arredores muito arborizados, mas as principais atrações se concentram na ilha de North Zealand, ao lado do canal de Inderhavnen. A bicicleta é o veículo oficial de Copenhague

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