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SANTIAGO

Os antepassados dos índios araucanos chegaram ao vale central do Chile a pé. Os antropólogos acreditam que, para ocupar a área onde, muitos milênios depois, floresceria a cidade de Santiago, eles partiram de algum ponto do continente asiático, atravessaram o Estreito de Behring, que separa a Rússia do Alasca, e foram descendo América abaixo até aqui, nesse vale fértil aos pés dos Andes.

Para você ter uma idéia da grandeza dessa saga, basta imaginar que para ir a pé do Rio de Janeiro a Santiago do Chile (é possível, e não tem nenhum estreito no caminho) um andarilho que caminhasse dez horas por dia em ritmo constante, sem tirar um único dia de folga, levaria dois meses e vinte dias - e ninguém é louco de fazer uma coisa dessas. Santiago entrou no roteiro dos viajantes como uma espécie de cidade de passagem. Ao contrário dos araucanos, que se fixaram nessa área, os forasteiros de hoje aprenderam a usar a região como ponto de partida para investidas nas maravilhas da natureza chilena. ), outros queriam ver de perto os pináculos da Cordilheira dos Andes ou deslizá-los a bordo de um par de esquis. Os apaixonados seguiram mais ao sul para desfrutar seu romance na placidez dos lagos andinos, enquanto os mais audazes tomaram rumo norte e sentiram-se astronautas na paisagem lunar do Atacama, o mais seco de todos os desertos. Mais gente fez escala em Santiago a caminho dos misteriosos moais da ilha de Páscoa (também chilena!) ou dos atóis azuis-turquesas da Polinésia. Nessa hipótese, você estará entrando na cidade pela região de Las Condes, um bairro que simplesmente não existia dez anos atrás e que, por isso mesmo, é testemunha eloqüente do enriquecimento chileno.

Se, por outro lado, o motorista optar por ir direto à "Alameda", sua primeira visão da cidade será radicalmente diferente. Trata-se de um interminável logradouro de 27 quilômetros de extensão, que cruza a metrópole do começo até o fim, ou "del oriente al poniente", como dizem os chilenos. Por essa rota, o que você vai perceber primeiro é uma cidade de prédios baixos de arquitetura colonial, iluminada pelo amarelo intenso que colore seus 15000 ônibus e 45000 táxis - provavelmente quase todos eles estarão no caminho, disputando palmo a palmo o congestionado asfalto da Alameda.

Você verá, também, milhares de pessoas andando apressadas naquela urgência típica dos grandes centros, algumas com traje e pose de executivos europeus, muitas com a pele escura e o rosto apertado dos pioneiros araucanos. A bem da verdade, você conhecerá praticamente Santiago inteira se percorrer a Alameda até o fim, porque ela termina - adivinhe? - no moderno distrito de Las Condes descrito inda há pouco. Pois é: no fundo, no fundo, toda cidade, por maior e mais caótica que seja, tem chaves que a decifram. Trata-se do surpreendente rio Mapocho, que, como você vai notar, mais parece uma rua alagada do que um curso d´água convencional. Explica-se: na verdade o Mapocho é uma corredeira de degelo dos cumes andinos que segue um caminho indicado e gerenciado pelos homens. Essa referência geográfica deveria ser desprezível porque, como você já viu na grande foto panorâmica do início dessa reportagem, Santiago fica aos pés da maior cordilheira do mundo. Aliás, não apenas aos pés.

Acontece que, infelizmente, nem tudo é perfeito e, na maior parte do ano, se você não prestar atenção na direção do Mapocho, não vai saber onde fica a Cordilheira. Na maior parte do ano, Santiago do Chile fica coberta por uma névoa densa, semelhante ao célebre fog londrino. A capital do Chile sofre do mesmo mal que assola outras metrópoles, incluindo São Paulo. A leste fica a intransponível barreira dos Andes. A oeste, a menos importante (mas não menos incômoda) parede da Cordilheira da Costa. Junte a essa situação um clima caracterizado como "mediterrâneo seco", uma frota de carros que não pára de crescer (por isso, em Santiago, há um rodízio de automóveis semelhante ao da cidade de São Paulo) e o fumacê estará consistentemente explicado.

O clima de Santiago tem, todavia, suas vantagens. Uma delas: não chove no verão. Se você vier para cá nessa estação, não traga o guarda-chuvas: simplesmente não cai água do céu. Outra: a conjunção das condições climáticas com as características geológicas faz do vale central do Chile um competente - e cada dia mais respeitado - produtor de uvas para vinificação. Pois saiba que, de acordo com os prognósticos de especialistas, o fermentado nacional do Chile (esqueça o pisco, outra famosa bebida chilena, que é destilada) caminha para se tornar o melhor e mais abundante do planeta. O motivo é uma praga chamada filoxera, que dizima os parreirais de todos os principais países produtores de vinho, exceto o Chile, que está fortemente protegido pelos Andes, pelo Pacífico, pelo deserto do Atacama e por um rigoroso controle sanitário nos postos de fronteira.

Mesmo que você não beba nada senão água, sucos e refrigerantes, visitar um vinhedo é um dos programas obrigatórios em Santiago. Ao redor da cidade (e até dentro dela) ficam oito reputadas vinícolas, entre as quais a Cousiño Macul - fundada pelo introdutor da infusão no Chile, um português chamado Coutinho, cujo nome foi corrompido para Cousiño) e a Concha y Toro (veja quadro na página 60 ).

Com 4300 quilômetros de costas, desde o Cabo Horn até o Peru (mais do que o Brasil do Oiapoque ao Chuí), o Chile é pátria de uma infinidade de exóticos (e deliciosos) seres marinhos. O grande rio gelado submerso que corre sob o mar do Chile atrapalha os banhistas no verão - mesmo no auge do verão, as praias mais importantes estão poucos pontos além do congelamento - mas produz essas iguarias. Que, quando você estiver em Santiago (de passagem ou não), podem ser vistas e degustadas no mercado central da cidade. É obrigatório visitar. De manhã, bem cedo, eles já estão à venda, vindos do mar - que, no Chile, sempre está perto - mas, no almoço, temperados e aquecidos, servem aos glutões, em restaurantes como a Marisqueria Donde Augusto e outros, todos eles no mínimo competentes.

A cidade que, ao ser fundada em 1541 por dom Pedro de Valdívia, chamava-se Santiago de la Nueva Extremadura (nome felizmente abreviado com o passar do tempo) tem muitas outras atrações para o viajante curioso. Basta pegar a linha principal do metrô (há outras duas para aliviar o trânsito) e descer na estação Santa Lúcia. É uma boa idéia, porque o Cerro Santa Lúcia - uma pequena elevação no vale - foi o ponto de referência dos espanhóis, que, vindos do Peru, fundaram a cidade, apesar da oposição sempre renhida dos araucanos. O Cerro, claro, fica ao lado da Alameda e, andando pela avenida rumo ao poniente, você estará no coração da capital. Seu marco mais famoso fica seis quadras além (no caminho você topará com toda a sorte de camelôs) e é o Palácio de la Moneda, sede do governo chileno. Trata-se do último e maior edifiício erguido no período colonial, com o intento de ser a Casa da Moeda - daí o nome - que se tornou emblemático, especialmente depois do sanguinolento golpe de Estado de 1973 (veja quadro na página 63 ) em que o presidente Allende foi assassinado e o general Pinochet assumiu o poder. Visitar o palácio é interessante, sobretudo porque aqui se percebe - mais do que nas outras partes - a formação prussiana e a presença abundante da soldadesca, que se repete Chile afora.

No Paseo Ahumada, um calçadão que é cover da Calle Florida de Buenos Aires, além do abundante comércio - que prospera, ainda mais, com as multidões de turistas brasileiros -, há um sem-fim de bancas de jornal, aqui especialmente típicas. Uma parte deles, os da direita, enaltece Pinochet dia após dia. Outra parte, os da esquerda, faz justamente o contrário. Uma terceira porção só destaca os feitos dos dois Marcelos (Salas e Rios), ídolos, respectivamente, do futebol e do tênis nesse país que adora seus campeões, como Gabriela Mistral e Pablo Neruda, ambos contemplados com o Nobel da literatura.

No final do Paseo Ahumada fica o logradouro mais importante de Santiago: a Plaza de Armas. Agora em obras - por causa do metrô -, a praça reúne as principais atrações da capital: a esplêndida Catedral, o prédio dos Correios, o Palácio Arcebispal e, a pequena distância, o antigo Congresso Nacional (o atual está na cidade de Valparaíso), com seus bem cuidados jardins. Hoje é possível - e divertido - encontrar garçonetes em trajes sumários desde as primeiras horas da manhã, embora a qualidade do café seja, provavelmente, inversamente proporcional à quantidade de roupas que as moças envergam. Os brasileiros, claro, já descobriram esse ponto de azaração e todas as noites há hordas deles (quero dizer: de nós) bebendo cerveja por lá, numa espécie de sucursal do Baixo Gávea carioca ou da paulistana Vila Madalena. Trata-se do bairro Bellavista, nas ruelas que ficam entre o rio Mapocho e o cerro San Cristóbal, onde há de todos os gêneros um pouco. Bares cubanos, clubes de jazz e casas menos reputadas compartilham esse bairro, um dos mais tradicionais de Santiago.

Mesmo que você não aprecie a noite, Bellavista estará no seu caminho. Durante o dia, a rua Pio Nono, no centro do bairro, é a rota para o funicular do cerro San Cristóbal. No ponto culminante da elevação fica a padroeira da cidade, a Inmaculada Concepción, uma estátua que faz as vezes de Cristo Redentor de Santiago.

Viña del Mar, além do famoso cassino, tem uma forte ligação com o Brasil, porque serviu como sede da seleção de futebol que conquistou o bicampeonato mundial, em 1962. Viña del Mar, com seu famoso relógio de flores, é o mais concorrido balneário do Chile. As praias têm água fria mas, no verão, vivem coalhadas de gente. Especialmente cidadãos argentinos que, numa dessas vantagens cambiais, compraram a maior parte dos imóveis locais. A presença dos vizinhos portenhos é tão intensa na famosa praia de La Reñaca, que gerou uma piada recorrente. É apenas uma blague, bem ao gosto dos araucanos. Que, mesmo tendo antepassados que vieram a pé do outro lado do mundo (ou por causa disso) tornaram-se uma estirpe de gente corajosa, lutadora e bem-humorada.

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